Pergunta Bárbara do Dia (parte 2)

Seis e meia da tarde de um dia beeem estressante. Correndo para pegar a filha no colégio, passar no mercado e uma hora quem sabe chegar em casa e tirar o maldito sapato que além de lindo é o maior carrasco que já se teve notícias por essas bandas.

Já com Bárbara no carro, conversa sobre como o foi o dia de cada uma (e o dela é sempre mais divertido que o meu, porque será?), de repente vem aquele tom de voz que já conheço.

- Ô mããããe....
- Diga filha
- Porque existe palavrão?

(puta que o pariu, isso é pergunta que se faça a essa hora desse dia lazarento, caralho? Se fudeu, Mara!)

- Bom, querida, alguém deve ter ficado muito bravo com alguma coisa um dia e achou que a melhor maneira de se manifestar era falando algo ofensivo ou feio... daí, deve ter surgido o palavrão

(silêncio)

(bom momento para mudar de assunto, Mara! Pensa, pensa, pensa!)

- Ô mããããe....

(ai minha Nossa Senhora da Sabatina)

- Fala florzinha
- Merda é palavrão?
- É sim

(silêncio muito curto)

- Você já falou Merda

(engasgo e uma leve vontade de gargalhar)

- Verdadeeeeee? E quando?
- Algumas vezes... quado está dirigindo...

(merda, merda, merda, merda, merda, merda)

(porque o mercado ficou tão longe de repente?)

- Bom, querida, então quando acontecer de novo, avise a mamãe... posso ter falado sem perceber... Olha, que legaaaaal, chegamos ao mercado!
- Hummmmmmm.... tá bom....

* à noite, a história do palavrão continou. "Mãe, bunda é palavrão?". "Mãe, caveira é palavrão?"....