5.23.2011

Palavras, suas difíceis

Dois momentos 'bárbaros' do dia, para registro:

1) Diálogo da hora do almoço

- Mãe...
- Oi...
- Queria lembrar uma coisa...
- Que coisa?
- O nome científico...
(que raios de nome científico ela aprendeu e precisa lembrar, pai amado?)
- Nome científico do quê, filha?
- O nome científico do BUMBUM, mãe... qual é mesmo?
(cri cri cri cri)


2) Diálogo da hora de dormir (estudando História pra prova de amanhã)

- Bárbara, quem foi Tiradentes?
- Foi o líder da in... da in...
(fazendo cara de paisagem pra esperar que ela lembrasse esse nome tão fácil de guardar)
- Quer ajuda pra lembrar?
- Não, eu vou lembrar... da in... da in.. da INSEMINAÇãO!!!!!
(HAHAHAHAHAHAHA.... internamente, é claro...)



5.10.2011

A Banda


O título do post é o nome do filme que acabei de ver - especialmente por já ter furado dois dias na devolução da locadora e me sentir moralmente obrigada a assisti-lo antes de devolver.

Saí ganhando: o longa israelense tem aquele toque de surpresa surreal que, no desenrolar das cenas, faz o canto da sua boa se mover levemente pra cima (quem tem esse espasmo de semi-surpresa sabe do que estou falando...). E a história se passa em um dia/uma noite. Uma banda militar, do exército egípcio, vai até Israel para tocar num evento cultural, mas, acabam se perdendo e vão parar num lugar no meio do nada. Para se ajeitar, arranham num inglês razoável com os locais, até serem "resgatados".

Não vou ficar descrevendo o filme nem explicando todos os motivos que me encantaram -- assistam e depois a gente proseia na mesa do bar a respeito. Só queria falar de dois momentos, de absurda sensibilidade do roteiro:

1) quando o molecão da banda sai com uma turma muito errada (e não é no sentido trainspotting da coisa) e um dos rapazes pergunta para ele como é transar. Ele diz que só poderia descrever isso em sua língua natal e começa a falar em egípcio.


E o rapaz israelense compreende tudo o que ele quer dizer


2) quando a moça que abriga a banda pergunta ao comandante como é reger a orquestra. Ele não consegue falar e começa a gesticular, como se toda a banda estivesse à sua frente.















E a moça israelense compreende tudo o que ele quer dizer


Dois momentos tão simples e que ilustram algo considerado tão complexo: o dizer sem falar. Que, aliás e no meu entender, é a temática central de todo o filme. Vai lá, assiste! Depois, me diz (falando ou não).

Trailer tira-gosto aqui: