2.18.2009

10 items or less



Vi esse filme dia desses, num canal a cabo. Pra variar, fizeram caca com a tradução, que virou "Um Astro em Minha Vida" (é ou não é pra arrancar fora os dedinhos de quem digitou esse nome horrível de comédia furada de Sessão da Tarde?). Recomendo o filme, que tem o ótimo Morgan Freeman no papel principal.

Gostei do momento em que ele pergunta pra moça, que trabalha num caixa-rápido (sacou agora o porquê do nome?), "10 items or less" de coisas que ela gosta. Ela não chegou a 10. Ele sim. Fiquei pensando nas minhas e não é nada fácil fechar em 10... as que estão aí embaixo, não tem erro. São coisas que me fazem dar um sorriso sincero e vontade de acordar todos os dias.


10 - beber Guiness: nenhuma outra cerveja no mundo tem o mesmo sabor, a mesma cor, a mesma textura, a mesma espuma. E tudo por causa do Nitrogênio! A mistura desse gás com o gás carbônico dentro da garrafa (ou lata), na medida certa, faz com que as bolhas se compactem e fiquem concentradas na espuma. Ah,a espuma... deu vontade de tomar uma agora mesmo!

9 - pegar estrada: dá uma sensação de liberdade! Ver a paisagem passando, ficando diferente, olhar pro azul do céu e pro verde dos pastos... com uma boa música no rádio, a janela aberta e o sol se pondo, de preferência.

8 - me vestir: gosto de combinar minhas roupas/sapatos/acessórios sem ter que me preocupar com o que está na moda. Não preciso ter a sandália-Russel-Crowe do momento, nem usar causa fuseau só porque metade do planeta acha que isso pode ser considerado bonito. Na boa, fuck fashion world. Eu uso o que gosto, do jeito que gosto.

7 - Gabriel García Marques: vai escrever bem assim lá na Colômbia! A pessoa que cria Cem Anos de Solidão não precisava fazer mais nada na vida...

6 - escrever: já que o tópico anterior era sobre o assunto... mas, é claro que não chego nem na ponta da unha encravada do Gabo. Adoro escrever, apenas. E isso desde que me lembro de ter aprendido as letras, com minha mãe na cozinha do apartamento minúsculo me ajudando nas tarefas da escola. Se fica bom ou não, agora você, caro leitor deste humilde espaço, é quem vai dizer.

5 - gatos & afins: hoje tenho a Florecita, a gata louca que pensa que eu sou um arranhador gigante. Mas, sempre gostei de gatos, me lembro de sempre ter tido em casa, desde criança. Eles são ótimos, porque, apesar de dependentes de você, jamais demonstram isso. Ficam na deles quando é preciso... e dão carinho quando acham que é a hora. Na medida.

4 - Jimi Hendrix: e música boa! Ele dispensa apresentações e comentários. É simplesmente O cara! E música boa vai de Milles Davis no jantar a Bruce Springsteen na estrada e Eric Clapton para uma coreografia especial.

3 - o sorriso da Bárbara: tá, é o momento corujice... mas ela tem o sorriso de uma fada encantada!

2 - viver: cada momento! Olhar pras coisas simples e enxergar além da simplicidade; me alegrar com o arco-íris depois da tempestade; parar para ouvir o barulho do mar; correr na chuva; ficar feliz em ver um beija-flor; prender o cílio caído nos dedos e fazer um pedido... enfim, viver.

1 - ... : ah, perde a graça se contar tudo, né? Mas, eu dou uma pista. Todos os nove items têm alguma ligação com esse aqui.


* com essas 10 coisas, viveria feliz para sempre...


2.09.2009

No, no, no




Numa tarde inocente de domingo, rumo ao shopping...

- Mãe, porque ela fica cantando na música que "no, no, no"?

- É... hum... é que... bom, estão querendo que ela se interne e ela não quer

- Ah... ela está doente?

- Nhé... tá sim, filha.

- Então, porque ela não quer ir?
- Porque ela acha que não está, querida.
- Hum...

(pausa para assimilar a informação)


- Mas, ô mãe... não tem nada de mal de ficar internada. A injeção dói só um pouquinho. O soro demora, mas acaba logo. E a moça enfermeira ainda traz um lanche no final. Fala isso pra ela, daí ela vai lá logo... como é mesmo nome dela?
- Amy...

- Então, fala pra Amy que é melhor ir agora antes que depois fica pior. Escuta o que estou falando

- Hum... tá bom, filha...



* "a vida é mais fácil pelos olhos de uma criança"...
** sim, a menina fofinha da foto daí de cima é a child Amy...


2.07.2009

Que Gisele, que nada!



Mal parou o dilúvio, já veio o calor do cão. E hoje o dia foi corrido: levar Bárbara no judô, depois no inglês, e vai trabalhar, depois pega a pequena, vai almoçar... afffee. Tudo sob o sol de 49°, of course.

E quando estávamos prestes a derreter, a filhota manda o olho pidão e solta: "Mãe, vamos ao Sesc, por favooooor... tá muito quente!". Não estava muito a fim, estou saindo da gripe, mas tive que dar o braço a torcer. Senão, a gente ia virar uma gosma de gente.

Sesc é um lugar legal, muito bem cuidado e tudo o mais. Mas, é sabido que a piscina é território de ninguém. Ou melhor, de ninguém que tenha outra opção para ir, como títulos de clubes ou piscina em casa/condomínio. Não chega a ser um piscinão de ramos, but... O bom é que de sábado ainda é mais vazio, tem mais mães com crianças e o povo da terceira idade, louco pra fazer uma hidro.

Mas, o que me chama a atenção mesmo é a mulherada. Que vai lá, bota o biquinão e não tá nem aí. Confesso que admiro o desapego com as convenções: não estão nem aí se a bunda parece uma laranja baiana, se as estrias formam um mapa hidrográfico ou se a barriga tá encobrindo a parte frontal do biquíni. E quer saber? Elas é que estão certas! Conheço zilhões de pessoas (uma das minhas irmãs incluída) que não vão à praia/piscina/boqueirão porque ficam com vergonha do corpo. Nesse caso, honey, das duas uma: ou você faz alguma coisa de fato pra mudar ou desencana e assume o que tem.

Esse lance de todo mundo querer ser Gisele, de todo mundo querer ficar perfeita dentro do biquíni, do jeans ou do vestido, é utópico e ponto. Se você é assim, sorte sua, vai ganhar dinheiro com isso. Se é normal "que nem nóis", pode continuar reclamando (eu mesma, vivo falando das estrias, que detesto... e andei meio encanada com a barriguinha também, confesso), mas, não fica botando a culpa no mundo por isso, ok?

Não estou incitando o descuido, que fique bem claro. Aliás, é bem o contrário. O que não dá pra aguentar é aquela pessoa que chega em você e solta um "ai, não consigo emagrecer", mas que dali a cinco minutos está comendo dois Sonhos de Valsa e tomando um copo de Coca-cola. For God!

Então, vamo combinar: ou faz tudo direitinho e aproveita a segundona que tá chegando (dia universal do começo da dieta) ou não me venha com chorumelas. Muito menos reclamar que tem vergonha de colocar biquíni. Porque, sinceramente, daí tem mesmo é que derreter que nem o último sorvete de palito do carrinho.


* da Gisele o que eu queria mesmo é a bufunfa... o resto dá-se um jeito... hahahaha

2.05.2009

Gripe TPF




Pois é, ela já está quase indo embora. Mas, como já tinha pensado no post, vamos lá para a lista de Verbos que não Devem ser Conjugados na Gripe (que, diga-se de passagem, é bem da TPF... Tensão Pré-Férias... enfim, melhor agora do que no dia 24).

Levantar: da cama, do sofá, da cadeira, do planeta Terra
Andar: a única exceção para conjugá-lo é se vier acompanhado de "da cama para o sofá". O contrário também vale
Ir: ao mercado, ao shopping, à academia, ao trabalho (esse, em especial, tem um tópico só dele)
Limpar: se não consigo nem levantar da cama, nem que a própria Dita baixe nessa carcunda é que eu vou mover um Perfex
Pensar: a cabeça dói, junto com todo o resto que tem pra baixo dela, então, é melhor deixar quietinha, né?
Pegar: chuva, elevador, fila, trânsito, trabalho, filme... pegar mais nada... afinal, já peguei a gripe. Tá de bom tamanho.
Trabalhar: bom, esse dispensa qualquer comentário, né minha gente?...

Para compensar, tem alguns verbinhos que estão liberados -- embora, nem sempre possam ser conjugados em sua plenitude:

Deitar: na cama, no sofá, no colchão, no pano da gata
Ver: tv, tv, tv
Assistir: filme, seriado, sessão da tarde, documentários soníferos, todos os TeleCines
Dormir: na cama, no sofá, no colchão, no pano da gata, vendo tv, assistindo filme, seriado, sessão da tarde, documentários soníferos, todos os TeleCines
Xingar: porque, apesar de parecer uma maravilha ficar dodóizinha e de molho, é bem chato ter dor no corpo, dariz enubido, um Wolwerine na garganta e ter que apresentar essa cara de zumbi das trevas diante das pessoas.

* djente! Descobri o Resfenol do universo paralelo... só pode ser! Ao invés de dar sono, o negócio me deu um play! Sei lá se a hora que terminar de escrever isso eu vou desmaiar, bater com a cabeça no computador e só acordar daqui três dias, mas, por hora, está resolvendo. E esse não é um comentário de rodapé pago.




2.02.2009

Soneca básica

Eu sei que tem dias que é difícil, que o sono bate, o olho derruba e a vontade de fazer qualquer coisa some. Mas, é mais comum desse quadro clínico de quase-morte acontecer num dia chatão de trabalho ou naqueeeela tarde preguiçosa de sábado. Não na arquibancada de um estádio, no meio de um jogo sei-lá-do-quê.




* o cara devia gravar isso e colocar no celular pra despertar, né?

2.01.2009

"Ia ser bom...



... se tivesse durado mais. Eu estava numa outra casa, com um monte de bichos iguais a mim. Mas, essas duas -- a grandona e a pequenininha -- foram lá, me botaram num negócio com rodas que se mexia muito e acabaram me levando pra outro lugar. Era bem menor. E não tinha tanto bicho. Só um outro igual a mim, preto e branco, mas que não deve ter gostado muito de me ver. Logo que cheguei, arrepiou as costas e fez uma cara de bravo. Ou será que era brava? Bom, só sei que não deu tempo de fazer amizade para saber....

A pequeninha descobri que chamava Bárbara. E a grandona chamava Mãe. As duas ficaram falando comigo um tempão e toda hora perguntavam se eu queria alguma coisa. "Qué aguinha?... qué papá?... qué areinha?...". Às vezes eu queria, daí, soltava um miado. Quando não queria nada, ficava bem quietinho deitado no pescoço da pequeninha Bárbara.

Agora, pra falar a verdade, não entendi bem o que aconteceu. Ficou bem de noite e todo mundo começou a se aprontar para dormir. A grandona Mãe disse que eu não dormiria na cama, porque tinha medo de rolarem para cima de mim e me esmagarem. Tá certa, né? Daí, ela fez uma caminha bem quentinha e fofinha do lado. Todos fomos dormir, felizes e ansiosos para o próximo dia. Senti que ia me dar bem com a pequenininha Bárbara!...

Só que eu não acordei! Fui dormir, mentalizei umas sardinhas para ajudar e quando acordei... não acordei! Estava no meio de um monte de nuvens, com outros gatos voadores e angelicais por perto. Será que eu estava sonhando ainda? Me lambi algumas vezes... até espetei a unha em mim mesmo, mas, que nada... tinha mesmo me pirulitado. E estava no céu dos gatos!!! Então, pra cá que a gente vem quando empacota??? Bom, tem potes de rações espalhados por todos os lados e baldes de lixo iguais àqueles dos desenhos animados, pra gente virar quando quiser. Milhões de novelos de lã e ratinhos de borracha em todo canto... um bom lugar para se viver... ops... morrer. Enfim, um bom lugar para ir depois que se acabam todas as sete vidas."


* pois é, o "no name" não resistiu. Estava bem fraquinho e era muito novinho... quem sabe se tivéssemos mais tempo para tratá-lo. Bom, espero que ele esteja curtindo o céu dos gatos. Porque a gente fez tudo direitinho: o levamos para um terreno, abrimos buraco, enterramos, falamos as últimas palavras e jogamos flores. Como deve ser feito. Só que na chuva. Fique bem "no name"...

** essa é uma imagem de banco, mas não encontrei mais nada de crédito além do FotoSearch, que está ali na marca d'água.