11.19.2008

A dona do mundo...




... era a delicada senhoura que me interpelou no estacionamento do supermercado berrando de dentro de seu carro alguns impropérios.

Ela achou que eu estava roubando sua vaga. Como se fosse possível.

Afinal, ela parou na frente da entrada para que desembarquesse toda sua família (incluíndo a vozinha de 109 anos que levou uns nove minutos para descer). E depois parou um pouco mais à frente, para observar panoramicamente o estacionamento. Quem poderia ter pressa num momento tão idílico como esse, não é? Será por isso que ela ficou levente irritada com as buzinas que começaram a estalar atrás de seu lindo e pacífico EcoSport branco?

Só sei que eu aproveitei uma brecha e passei... fui embora... e ouvi a descontrolada berrar coisas do gênero "você não tem educação", "não pode esperar não?", "vai roubar a minha vaga, é?". Nem preciso dizer que TODAS as pessoas que estavam num raio de 10 km pararam para ver o show-barraco-monólogo do grito. Nem preciso dizer que a Bárbara estava no banco de trás e viu o pior dos piores modelos de comportamento humano dos últimos tempos. E ela continuou gritando, gritando, gritando...

E é nessas horas que agradeço aos deuses de não ter meios para exterminar da face da Terra esse monte de merda em forma de gente. Senão, essa vaca já tinha ido pro brejo mais distante possível.

* estive por um triz do meu Momento Amy do dia... já pensou? Descer do carro e começar a dar paulada no EcoSport branquinho da louca?... Daí ela ia ver o que é descontrole!

2 comentários:

Fernando BH disse...

Maroca, o egoísmo é o mal do novo século. Essa louca deve ser daquelas que andam devagar na faixa de esquerda. Comigo aconteceu o contrário: eu esperando a vaga na frente do banco e não mais que de repente uma infeliz enfiou o carro. Meti a boca mesmo. Ela ficou sem reação, pois sabia que estava errada. E pior: nem entrou no banco!!!

Central Perk disse...

Se tem um fator estressante nessa nossa suposta vidinha moderna (como se ir ao supermercado fosse!), é encontrar o mínimo de equilíbrio com o volante nas mãos. Essa semana enfrentei a marginal. E os bip bips dos motoboys ainda ecoam na minha cabeça. E olha que eu dou passagem pra todos...