Eu odeio filas, de um modo geral, mas as de bancos são as piores. Pensando bem, ninguém com menos de 65 anos ou que tenha todos os neurônios em bom estado gosta de filas.
Para tirar o "efeito psicológico", agora algumas agências adotaram o modelo cadeiras-enfileiradas-para-você-esperar-com-conforto. Ah, tá. É o mínimo que esse povo pode fazer! Acabei de ficar mais de 45 minutos numa delas. Se fosse de pé, teria saído de lá numa ambulância da Unimed, com trombose...
Outra "melhoria" criada por algumas agências é o "sistema de senhas". O bom é que eles não avisam da existência muito menos do funcionamento dessa muderrrnidade. Então, com alguns minutos de bunda esquentando cadeira do banco e cabeça esquentando com falta de paciência, lá fui eu em um dos caixas fazer a pergunta que não queria calar:
- Por favor, eu posso saber qual o critério para vocês chamarem as pessoas aqui? Eu peguei uma senha lá fora, mas vocês ficam falando nomes de pessoas que acabaram de chegar.
- É, a gente chama quem fez o agendamento...
- Tá, e como faz esse tal de agendamento?
- Ah, minha filha, pode fazer até por telefone... xiii, você pegou senha normal, né? Vai demorar...
Voltei com cara de tacho mal lavado pra minha cadeira-enfileirada. E agüentei mais uns 30 minutos, balançando a perna, olhando pra cima, contando os quadrados do teto, jogando o sudoku do celular... tudo isso com a imaginação me colocando ali dentro com uma AR15 ali e gritando que nem louca:
-Ah, então o problema é o agendamento? Então, começem a pegar sua senhas para o quinto dos infernos, seu bando de mother-fuckers! Uhaaahaaaahaaa (risada maligna psicótica)
* e assim o ano de 2008 vai terminando, com muito amor no coração... em 2009, eu desejo que não existam mais filas no mundo (ou que nunca me dêem a chance de comprar uma AR15)
Um comentário:
Excelente, Marinha! Excelente. Só poderia ser você mesmo.
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