1.11.2010

Pela primeira vez, ao pé da letra

Não há quem fuja dos chavões clássicos de ano novo, seja pra fazer mais uma promessa furada, seja pra criticar o chavão que não deixa de se repetir -- nem nunca deixará, enquanto houver fogos de artítifico São João cruzando o céu no dia 31 de dezembro.

Eu sempre tentei fugir, por um lado ou por outro. Nos anos que resolvia passar sozinha, não fazia lista, não vestia branco, não estourava champanhe. Nos anos que seguia todos os ritos, jurava que dali pra frente tudo sera diferente e que aprenderia a ser gente. Meu orgulho nunca valeu nada.

Daí, eis que chega 2010. E não faço lista, não faço promessa, só quero uma roupa toda nova pra usar. Simples assim. Ah, também quero um pouco de felicidade, pra variar. Mas, essa a gente não acha em loja de departamento, infelizmente. E se achasse, duvido que teria dobrões suficientes para pagar. Felicidade não tem preço. Ou ele é muito alto pra quitar assim, à vista.

E a única resolução a que me presto, resolvo que vou cumprir, nem que seja até o próximo dia 31 de dezembro, com os fogos São João arrebentando os céus e nossos ouvidos: vou me dar algumas chances de ser feliz!. Não vou sabotar as boas oportunidades nem me amarrar às âncoras que me afundaram pro mar escuro e perdido da decepção. Tenho comigo que preciso de mais sorriso no rosto e menos problemas na cabeça -- principalmente aqueles que não dependem da minha sensatez para serem resolvidos.

Nunca tomei ao pé da letra o "ano novo, vida nova", clichê máximo que realmente pouco significa na prática de 99,9% da Humanidade. Mas, eu vou tentar e espero conseguir. Vocês saberão!

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