Everybody hates funk?

Voltei a assistir alguns vídeos do George Carlin agora à noite. O cara é muito, muito bom em stand up e já devo ter falado dele por aqui. Ácido, inteligente, independente, não tem medo de botar o dedo na ferida -- e cutucar até não parar mais de sair sangue. Se não conhece, corre pro youtube e procura qualquer coisa dele que vai entender do que estou falando.

Mas, esse post é sobre um outro vídeo, também de stand up, que um colega passou. Esse é do Chris Rock, comediante mais novo, conhecido do grande público por atuações em comédias e mais recentemente pela série que leva o seu nome (Everybody Hates Chris). Aliás, recomendo: é sobre a sua infância/adolescência e tem cenas impagáveis. O menino que o interpreta é um figura.

Bem, nesse pedaço do show ele fala de rap, mas, o começo me fez lembrar tanto o funk carioca. Vejam e me digam se é mera coincidência.







Depois, o texto caminha para outras polêmicas ligadas ao rap e aos negros (passei mal na hora que ele fala que o Tupac volta uma vez por ano para fazer disco com pistas), mas, esse lance que ele fala no começo, de as mulheres nem estarem ouvindo o que está tocando foi o que me pegou.

Só pode ser, cara! Uma pessoa em sã consciência, prestando atenção ao que está fazendo não pode se rebolar ao som de "Late que eu tô passando"!. Ou dar risada e fazer coreografia para "Mexo no capô da fusqueta enquanto você troca a marcha".

Isso nem música deveria se chamar. Isso nem em rádio deveria tocar. Isso deveria pegar uma nave espacial e aterrisar nos anéis do c* de Saturno, para ficar no mesmo nível das "canções". Aliás, pensando bem, acho que vou fazer um funk...


* o mais triste é que Carnaval tá chegando e com ele, além dos "Beijinhos Doces" da vida, vai vir mais um monte de porcaria dessas. Oh, Lord, quando chega a minha passagem para a Sibéria mesmo?...