Tenho ouvido muitas opiniões dispares sobre a versão timburtonnesca para o clássico de Lewis Carroll. E a minha é a de que o filme é bom. Não é espetacular, não mudou minha vida, não é um lixo, não destruiu minha fé no cinema. É bom e ponto.
Haja buraco... quantas vezes já deu vontade de sair correndo e sumir (desse) planeta hoje?
Explicando: a amarração com o roteiro, uma volta de Alice ao País das Maravilhas, ficou bacana. Gostei da sacada, dela fugir de um casamento furado, de gente horrenda e de uma vida que não queria viver. Quem nunca quis achar um buraco e se jogar nele numa situação dessas? Na hora que a grana do banco acaba, quando não para de cair bomba na sua mesa de trabalho, no instante que aquela tia chata está vindo cobrar você sobre os planos para o futuro... Ah, se tivéssemos um coelho branco pra seguir nesses momentos desgostosos, tudo seria mais fácil. E essa ideia deixa o filme, Alice, bom.
Dizem que falo com vocês por causa do cachimbo da lagarta... quem dera!
Explicando 2: o visual é bacana, tem cor na medida certa, não perde aquele clima obscuro de Tim Burton, surpreende com personagens que já conhecemos. E aí que mora a maior parte das críticas sobre o filme. Eu mesmo não o acho excelente por conta disso. Quem acompanha Tim Burton, sabe que ele pode mais. Pode colocar mais sangue, mais estranhamento, mais surpresa, mais doideira, mais nonsense. E a história ficou até que bem comportada, se comparada a maravilhas (trocadilho imprevisto, ok?) como Edward Mãos de Tesoura ou Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas. E isso deixa o filme, Alice, bom.
Fator quase-fodeu: tive que assistir à versão dublada e gostaria muito de saber de onde veio a ideia cretina de colocar aquela voz semi-infantil de língua presa no Chapeleiro. Não me lembro, em nenhum momento da obra ou tradução de Lewis de ele comentar que o personagem era um aspirante a pagodeiro... lamentável.
Defe zeito não dá! (bom, se nada der certo, peço um bico no Raça Negra)
3 comentários:
adorei o fator quase-fodeu. Quando fui assistir comprei legendado e rolou dublado!
Já eu acho que essa parceria Disney/Burton foi infeliz.
É como misturar água e óleo, nesse caso, mais água (Disney) que óleo.
Mas fico com o visual impressionante e quieto no meu canto, afinal, quem sou eu pra condenar Burton pelos milhões a mais na conta? :)
É isso! Também achei "bom". Assisti legendado. Até pela voz de JD...
beijo!
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