4.23.2011

Julia e eu

A polaridade de sentimentos das pessoas que assistem Comer Rezar Amar é tão nítida quanto água e óleo no copo: ou amam (e acreditam no recomeço, na nova vida, no novo amor e blá blá blá) ou odeiam (e dizem que sendo a Julia Roberts e tendo dinheiro, quem não levaria um ano na flauta assim, encontraria um Barden e blá blá blá).

De qualquer maneira, minha experiência com o filme tem uma nuance um pouco diferente. Não vou me apegar ao que achei ou ao que deixei de achar -- até porque não li o livro e sempre prefiro tomar contato com o papel antes da película. 

O que me chamou a atenção foi o que aconteceu enquanto eu via o filme. Bárbara passou pela sala numa cena em que Julia estava numa sala, sentada lendo. Ela olhou pra tela e soltou, com toda espontaneidade: 

- Mãe, essa moça parece você na foto do aeroporto!

Parei, olhei pros lados, peguei o termômetro e medi a febre da criança... como assim, a Julia Roberts parece comigo, pequena criatura? Cadê o discernimento que te ensinei a ter na vida?




Depois, vendo melhor a imagem e a minha foto, descobri que tudo não passava de uma grande semelhança entre as poses pensadoras e reflexivas femininas pós modernas. E assim acabou meu minuto de delírio hollywoodiano. 

Um comentário:

Érika de Moraes disse...

Hey, Mara, e não é que tá parecida mesmo?! Filósofaaaaa!
Beijos.